terça-feira, maio 31, 2005

Viravolta

Entrar numa rotina de monotonia, não há nada pior. Sim, porque para mim uma rotina não tem de ser forçosamente um encadeamento de acontecimentos cinzentos. Lembro-me logo de quando acabei o curso, em que os dias eram repartidos por praia, BTT, festas, jantaradas, tunas e viagens. Esses dias duraram o que tiveram de durar e foram uma "viagem de finalistas" pessoal. Mas aqui em Angola não há Freud e Bandeirita com quem vadiar, Micael para ir apanhar umas ondas, Vudas para me acompanhar numas pedaladas, namorada para disfurtar ou cinema para ver.

Até há dias era assim, tudo cinzento. Mas fartei-me de passar Sábados em casa a ver filmes, fazer vida casa-trabalho e pouco mais e de encarar tudo à minha volta com desdém ou derrotismo. Assim não se vive. Voltei a tomar contacto com um grupo de amigos cá em Luanda com quem há algum tempo não falava (obrigado Paulo, Sofia, Kátia, JP), inscrevi-me num ginásio, estou prestes a mudar de casa para um apartamento bem agradável e increvi-me num clube de vídeon para fazer sessões de cinema com os maigos em casa. Daqui a dias vou informar-me no Clube Náutico sobre aulas de vela.

Assim, declaro guerra ao conformismo e ao auto-abrandamento com que me estava a fustigar. A terapia começou há pouco mais de 2 dias e já me sinto muito melhor. Ao tempo que não ficava simplesmente contente, que não cantava no duche (mas isso também se deve a apenas ter água fria em casa), que não cantarolava no carro. Bastou ir uma vez ao ginásio para tudo ficar mais bonito e simpático, e ainda por cima dormí melhor!

Não tenho dúvidas, quando achamos que tudo está mal à nossa volta, basta mudar de perspectiva, agarrar-mo-nos às coisas boas, encontrar novos rumos e aproveitar ao máximo. Aconselho.

Beijinhos e abraços.

P